A Odebrecht, uma das maiores empresas do país, pode estar mais perto de uma recuperação judicial do que nunca. A empresa, que é considerada um dos símbolos da corrupção do país dos últimos anos, caminha para uma situação de endividamento muito complicada e talvez a única saída viável para tal, seja definitivamente uma Recuperação Judicial (RJ). O que poderia salvar a companhia era a venda da participação que a companhia possui na Braskem, dessa forma a companhia iria possuir uma participação na empresa combinada que poderia gerar um fôlego. Mas, nesta semana, a holandesa Lyondell desistiu de comprar a participação na Braskem, e isso fez com que as ações Braskem (BRKM5) fechassem em queda de 17,11 por cento. E Eu Com Isso? A situação é muito delicada para a Odebrecht, apesar de a própria empresa não ter capital aberto, a sua subsidiária Braskem (BRKM3 e BRKM5) possui e a companhia possui uma série de dívidas com bancos nacionais que devem ser renegociadas. A Odebrecht acumula dívidas de 80 bilhões de reais. Metade desse valor é de empréstimos tomados a bancos nacionais -- a maior parte na Caixa, Banco do Brasil de BNDES, uma menor parte no Bradesco, Itaú e Santander. Com isso, a Petrobras, que divide o controle acionário da Braskem com a Odebrecht, tem planos de vender sua participação e sair do negócio. A desistência da Lyondell em comprar a Brakem não era esperada pelo mercado e pegou muita gente de surpresa, o que pode se ver nas ações despencando No entanto, para nós o movimento era esperado e muito racional. Avaliamos que a Lyondell mantém o interesse na Braskem. No entanto, com a provável e próxima recuperação judicial, ela poderá adquirir a Braskem muito mais barata e mais importante, com mais segurança jurídica.
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